quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Ser evangélico é ser seguidor do Evangelho. Então, como o você diz que não é mais evangélico?





Dúvidas sobre o Evangelho, sobre o movimento Caminho da Graça, curiosidades ou quaisquer outras questões. Respondidas pelo Adailton:

1. Ser evangélico é ser seguidor do Evangelho. Então, como o senhor diz que não é mais evangélico?

R= Meu querido irmão, Ser evangélico deveria significar ser seguidor do Evangelho de Jesus, mas não é o que significa atualmente. O termo “evangélico” tornou-se a identificação de um grupo religioso; quando você diz que é evangélico, logo as pessoas o identificam como membro de alguma igreja evangélica e não como seguidor dos princípios de amor, misericórdia e graça do Evangelho.


Infelizmente, em geral, os evangélicos são o oposto daquilo que Jesus ensinou; portanto, uma vez que os evangélicos são uma deturpação do Evangelho, já não posso mais aceitar o título de evangélico.


Podemos identificar três grupos distintos no movimento evangélico (neo-pentecostal, pentecostal e tradicional) e todos eles se afastaram do verdadeiro e simples Evangelho de Jesus:


O grupo neo-pentecostal representa a pior corrupção do Evangelho de Jesus desde o início do Cristianismo, que já representou um desvio na sua fundaçao nos dias do Imperador Constantino. O que os neo-pentecostais praticam hoje, faria a Igreja Católica da idade média corar de vergonha.


Formado pela Igreja Universal do Reino de Deus e outras similares, esse grupo se enquadra naquilo que Paulo chamou de falso evangelho; chamam o que pregam de evangelho, mas não é Evangelho; seus líderes se disfarçam de discípulos de Cristo, mas são obreiros fraudulentos, discípulos do Diabo; e não é de se estranhar que eles finjam ser discípulos de Jesus, já que o próprio Diabo se disfarça em anjo de luz, conforme Paulo alerta aos coríntios.


Negam a graça, estabelecendo a necessidade de sacrifícios, normalmente monetários, para se conquistar o favor de Deus, normalmente identificados como bençãos materiais.


O grupo pentecostal mantém a pregação do Evangelho e anuncia a mensagem de salvação através do sacrifício de Jesus. Contudo, exercem um controle moral rigoroso sobre seus membros, que faz o aperfeiçoamento espiritual depender do esforço próprio do crente, que merecerá o amor de Deus, se mantiver uma conduta moral de acordo com as regras estabelecidas pela igreja e cumprir deveres religiosos, como presença em cultos e entrega de dízimos.


Representado pelas igrejas Assembléia de Deus e Deus é Amor e suas similares, esse grupo é identificado com os fariseus no tempo de Jesus, os quais impunham fardos pesados sobre as costas das pessoas, os quais eles próprios não conseguiam suportar. Tal controle moral legalista, não tem qualquer poder sobre o pecado; pelo contrário, acrescenta mais pecado, gera crentes hipócritas, estabelece o julgamento do diferente e adoece as pessoas.


Tal posição pentecostal é negação da Graça e é combatida veementemente por Jesus, contra os fariseus; como disse Paulo a respeito dos Gálatas, esse grupo começa na Graça e pensa que pode se aperfeiçoar pelo cumprimento da Lei.


O grupo tradicional, também conhecido como histórico, também prega o Evangelho de Jesus, mas enfatiza seus sistemas teológicos, os quais são tidos como se fossem o próprio Evangelho, como se Deus tivesse posto sua chancela nas teologias dessas igrejas, as quais se dividem por causa delas. Embora de forma mais suave, os tradicionais seguem os pentecostais em seu legalismo.


Representado pelas Igreja Presbiteriana e Batista e suas similares, esse grupo se identifica com os escribas e mestres da Lei do tempo de Jesus, também combatidos por ele. Agem como se fosse possível dissecar os caminhos de Deus pela sabedoria humana, seguindo princípios da filosofia grega para desenvolverem suas teologias.


Nas igrejas tradicionais, enfatiza-se a Graça, contudo facilmente se observa que ela é apenas teoria para ser discutida em suas salas de escola dominical e compêndios teológicos, mas que não alcança os relacionamentos entre eles e com os de fora.


Lamentavelmente, o grupo neo-pentecostal tem influenciado as igrejas pentecostais e tradicionais, as quais adotam práticas deles em busca de crescimento numérico rápido.


Fiz apenas um relato superficial sobre o desvio desses grupos; um exame mais detalhado demonstraria que no movimento evangélico predomina o comércio e a corrupção, a hipocrisia, o legalismo, o controle da moral alheia, a divisão, as disputas e o orgulho teológico.


Uma vez que estou buscando viver somente o Evangelho, fazendo o caminho de volta à simplicidade do ensino de Jesus, não posso mais me identificar como evangélico. Prefiro apenas dizer que sou seguidor de Jesus, filho do Evangelho; isso basta!


Creio que o momento é extremamente grave e exige de todos os que ainda não dobraram seus joelhos ao Baal da hora, que abandonem tudo aquilo que é distintivo de sua religião e siga tão somente o Evangelho e insistam em semear a boa semente das boas novas de que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não levando em conta os pecados dos homens, como nos ensina o apóstolo Paulo.


Este é o meu convite a você e a todos os que lerem esse blog; não tenham medo nem vergonha de fazer essa ruptura radical e seguir a Jesus, somente a Jesus. É um caminho fascinante!

Receba meu abraço!

Em Cristo, nosso querido Salvador!

Adailton César

 



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