“Tenho-vos dito isto,
para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas, tende bom ânimo, eu
venci o mundo” João cap. 16 vs. 33.
Eu
nasci num mato sem cachorro! Esta foi a frase “mal educada” que sem pedir
licença assaltou meus pensamentos quando meditava no texto acima.
Nós
fazemos uma leitura idealizada da vida e nos imaginamos como protagonistas “do
mais lindo romance escrito nas estrelas”, se as oportunidades e demandas que
nos causaram tantos dissabores não tivessem sido tão hostis.
Nosso
grande problema são os SE's! Essa junção insignificante, mas que muda toda
trajetória a ser construída por nós, como seres que estão dispostos a encarar a
aventura de “existir & viver”.
“SE”
tivesse sido assim, “SE” não acontecesse aquilo, “SE” as coisas fossem
diferentes, em fim, uma somatória de “SE’s” que nos tornam azedos, equivocados
e estéreis em relação ao “Sopro” de poder estar aqui agora.
Se
formos honestos, perceberemos que os nossos “SE’s”, são irrelevantes e ganham
traços de mediocridade diante de tantos “AI’s!” que reivindicam um mínimo de
maturidade da nossa parte.
Não
sabemos digerir as cruezas da vida, pois desejamos que o mundo nos receba de
braços abertos, pra descansarmos “eternamente em berço esplêndido”.
Elaboramos
e concebemos um Deus “à moda da casa”, que manipule as circunstâncias para que
a vida não tenha tons cinzentos.
Ao
contrário do que se pensa “Deus não é brasileiro”, e ELE não dá um jeitinho na
história. É só exercitar a capacidade de reflexão e se concentrar na “falta de
privilégios” com que O Salvador chegou a esse planeta. Foi recepcionado com as
honrarias da pobreza, perseguição, difamação, crueldade entre outras
“gentilezas da casa”.
A
proposta do Evangelho não é “aplainar o caminho”, mas calçar nossos pés na
consciência de quem foi alcançado pela Graça para enfrentar as variáveis
externas, sendo transformado pela realidade interna da eterna companhia D’Ele
na jornada.
Mas,
e “SE”?! Bobagem! Tolice! “SE” as circunstâncias fossem diferentes e favoráveis,
não seríamos pessoas melhores ou bem sucedidas, tão somente nos tornaríamos em
“filhinhos do papai” privados da têmpera necessária para “bater de frente”
contra os embates e “bichos papões” dessa existência.
Sucesso
não é um lugar onde se chega, mas a maneira como traduzimos na prática os
conteúdos internos do nosso coração que foi irreversivelmente atraído pelo
Evangelho, em resposta as interrogações e exclamações da vida.
Não
tenho mais saúde pra esse Deus de composição musical gospel que “restititui, eu
quero de volta o que é meu”, esse ser que compensa as frustrações de ante-ontem
para nos fazer “mais que vencedores” hoje, porque “Deus é fiel!”.
O
Deus encarnado nos Evangelhos, anseia em mudar nossos valores, proporcionando
uma re-leitura da vida, nos dando a percepção e o privilégio de sermos
protagonistas “do mais lindo romance do AMOR” escrito com vermelho carmesim
pelas penas do Eterno!
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