sexta-feira, 26 de abril de 2013

A vida é muito breve para ser uma farsa





Algo sempre presente na mensagem de Jesus foi a tentativa de convencer as pessoas que a religião das aparências era inútil, perniciosa, destrutiva e ridícula diante de Deus. Que isso não tem valor algum, pelo contrário, faz muito mal às pessoas.

O evangelho de Jesus Cristo é para o coração. O cristianismo é a religião do coração. Se o coração é bom todo o ser será bom. Vale dizer, se os seus sentimentos são bons, todo o seu ser será bom. Se o seu coração é mau, você inteiro será mau.

Jesus travou uma batalha contra a hipocrisia dos fariseus e mestres da lei de sua época. Eram pessoas que valorizavam as regras que eles mesmos criaram para oprimir as pessoas e esqueciam das pessoas.

Jesus diz que a vida vale mais que a regra. Se for para promover vida, a regra pode ser quebrada. Se a regra não promove vida, ela é inútil, tem que ser abandonada.

Os donos da religião da época de Jesus não queriam abrir do poder de manipular e oprimir as pessoas, queriam manter as pessoas sob um jugo pesado de regramentos sem sentido. Tinham que manter o discurso. Caso mudassem o discurso, enfraqueceriam a instituição religiosa e também o poder que tinham, ainda que tal discurso não fizesse qualquer sentido.

Assim vão levando as pessoas como gado, tangidos e conduzidos sob regras que já não fazem nenhum sentido para o mundo contemporâneo e que não encontram respaldo no evangelho de Jesus Cristo.

Esse ambiente religioso castrador e legalista é campo fértil para hipocrisia. Ou seja, as pessoas nem acreditam mais naquilo, mas o fazem para manter as aparências. Na verdade aparentam uma coisa, mas são outra. Isso é hipocrisia. Como também é hipocrisia exigir do outro o que a própria pessoa não faz, ou não acredita.

Mas o pior da hipocrisia é gerar pessoas que não vivem uma vida leve e transparente. O maior dano causado pela hipocrisia é para o próprio hipócrita que perde o tempo precioso da vida, tentando aparentar algo que na verdade não é. Tentando enganar-se a si mesmo e as pessoas que estão ao seu redor. Despendendo esforço para ser falso. Isso é terrível. É destrutivo. É escravizante.

Por exemplo, o sujeito é louco pra tomar um chope gelado num fim de tarde quente, mas como faz parte de um grupo religioso que diz ser isso um pecado horrendo, ele não toma publicamente, só quando chega em casa, para que ninguém veja. É hipócrita! Isso para citar uma trivialidade.

Pode ser pior. Mulheres não podem usar calça comprida, mas os votos do povo da igreja podem ser negociados com políticos corruptos. Coam um mosquito, engolem um camelo. Isso é hipocrisia!

Até pra mudar é necessário tirar a máscara. Só não é bom ficar camuflando o erro. Isso também é hipocrisia. Tentando se passar de bonzinho, quando na verdade é um canalha. É necessário reconhecer-se um canalha para, então, tentar mudar. O que não dá é pra ser “pseudo” o tempo todo. Falso.

Pela leveza no viver, pra o bem de sua própria vida e para os que te cercam, não seja hipócrita. É preciso descobrir a leveza de uma vida íntegra e transparente, inclusive reconhecendo os próprios erros. Não querendo ser uma pessoa perfeita, mas assumindo-se imperfeito, errante, falho.

A vida é breve. Precisamos viver a vida plena que Jesus falou, com liberdade e integridade, livres da hipocrisia. Verdadeiros.


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